No trabalho criador de uma criança, não existe resposta certa ou errada. A expressão dos pensamentos, dos sentimentos e dos diferentes interesses, através de variadas produções, desenvolve o autoconhecimento e aguça as possibilidades de criação e de formação do indivíduo.
A educação escolar tem que abranger, em seu currículo, a educação artística como parte eficaz do processo educativo, uma vez que o ensino de Artes contribui para as necessidades emocionais, auxilia a distinguir as dificuldades e os avanços dos educandos. Isso fica claro quando observamos a diferença entre um indivíduo criador e flexível e outro carente de soluções íntimas e com problemas em formular relações com o seu meio.
Ao selecionar, interpretar e reformular os fatos, a criança produz mais que um desenho ou uma escultura ou uma história. Ela harmoniza, em sua produção, parte de si. As suas criações acomodam o seu pensar, o seu sentir e a sua maneira de ver o meio onde está inserida.
A hora das histórias
A base de nossa proposta é estimular a paixão pelo livro e o prazer pela leitura. Cultivar o hábito de ler desde o primeiro ano de vida é algo que nos move nas atividades diárias da Era uma vez. O contato com os livros e com a “contação” diária de histórias estimula o valor da criatividade e o mundo dos sonhos. A confecção de livros próprios faz de cada criança um autor de sua imaginação.Gostar de ler, frequentar livrarias, valorizar os escritores e os artistas, ir ao teatro e ao cinema, apreciar exposições, visitar museus, ouvir música de qualidade fazem a criança ter todas as possibilidades de ser um adulto atuante e engajado cultural e socialmente. Esse processo é gradativo e estabelecido pela relação família/escola. Nossa meta é fomentar o nascimento de leitores apaixonados.
A hora dos movimentos
Andar, pular, correr, rolar, subir e descer são ações que atuam no desenvolvimento amplo da criança.Cada etapa do crescimento infantil deve ser respeitada de acordo com as potencialidades individuais do ser humano. A Era uma vez proporciona a interação do indivíduo no grupo com jogos esportivos e cooperativos; trabalha com a construção de circuitos cognitivos amplos e finos. A psicomotricidade fina é desenvolvida em atividades diárias com a água, com a areia, com as massas e com vários objetos específicos respeitando o momento de evolução de cada criança.
A hora da culinária
Sabores, cores, texturas e aromas diferentes são manipulados e experimentados em uma dieta nutricional equilibrada.Na Era uma vez, confeccionar receitas, provar o novo, apurar o paladar fazem da arte da culinária uma proposta de adquirir hábitos saudáveis e prazerosos na alimentação diária.
A hora das melodias
Conhecer as diferentes sonoridades do ambiente, ouvir músicas, tocar instrumentos, dançar e cantar integram o cotidiano de nossas crianças e propiciam a musicalidade corporal.A Era uma vez propõe um trabalho de experimentação de diferentes ritmos de regiões do Brasil e do mundo. A expressão corporal ligada às sonoridades propicia o autoconhecimento do movimento, a elevação da autoestima e a sensibilidade para a música.
Atividades Extra Curriculares
Capoeira.
A Capoeira é uma atividade que a criança desenvolve toda coordenação motora global. É única em termos de “ginga” e com um determinado número de toques e golpes padrão, enriquecidos com novas criações, embora sem descaracterizar e interferir em sua integridade. A capoeira constitui uma cultura física completa, dando ao corpo humano suavidade, agilidade, destreza, resistência e ajuda a desenvolver vários aspectos, tais como: coordenação motora, moderação da linguagem e formação do caráter, sendo um excelente método da educação física.
Ciranda.
Reunir a turma em círculo para cantar e dançar é mais que resgatar uma brincadeira antiga e popular para proporcionar diversão aos pequenos. Brincar de roda (ou de ciranda, como é dito em algumas regiões do Brasil) é uma maneira de se expressar artisticamente. Ao propô-la, o professor desenvolve nas crianças a compreensão da capacidade que elas têm de se mexer, criar e controlar os próprios movimentos.
Circo.
Através da experimentação da cena circense como ferramenta psico-sensorial e cultural, a criança participa ativamente no processo da pré-alfabetização como fundamento lúdico e emocional, e, nos seguimentos seguintes, tem à sua disposição o ritmo (sócio efetivo das técnicas circenses) como agregador aos raciocínios lógicos e a elaboração das descobertas dos limites extensivos do corpo como objeto de comunicação e interação com o meio.
Dança.
No aprendizado de dança explora-se os movimentos naturais de cada criança, seu ritmo próprio, sua expressão. As aulas têm um caráter mais lúdico e descontraído. A técnica vai sendo introduzida gradativamente, porém respeitando as condições físicas e psíquicas de cada idade, as necessidades globais e as aspirações de cada um. A criança que dança trabalha a musculatura, fortalecendo-a, estimula a coordenação motora, flexibilidade, postura, tem maior consciência corporal, noções de espaço, além de melhorar sua integração social. Musicalidade, ritmo e criatividade também estão entre os ganhos.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” – Paulo Freire .
A infância é um momento importante, pois terá influência sobre toda a vida. Favorecemos o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e moral das crianças. Tornando-os mais capazes a cada dia.